A Rainha de Tearling | Erika Johansen – Resenha

Sinopse

Quando a rainha Elyssa morre, a princesa Kelsea é levada para um esconderijo, onde é criada em uma cabana isolada, longe das confusões políticas e da história infeliz de Tearling, o reino que está destinada a governar. Dezenove anos depois, os membros remanescentes da Guarda da Rainha aparecem para levar a princesa de volta ao trono – mas o que Kelsea descobre ao chegar é que a fortaleza real está cercada de inimigos e nobres corruptos que adorariam vê-la morta.

Mesmo sendo a rainha de direito e estando de posse da safira Tear – uma joia de imenso poder –, Kelsea nunca se sentiu mais insegura e despreparada para governar. Em seu desespero para conseguir justiça para um povo oprimido há décadas, ela desperta a fúria da Rainha Vermelha, uma poderosa feiticeira que comanda o reino vizinho, Mortmesne. Mas Kelsea é determinada e se torna cada dia mais experiente em navegar as políticas perigosas da corte. Sua jornada para salvar o reino e se tornar a rainha que deseja ser está apenas começando. Muitos mistérios, intrigas e batalhas virão antes que seu governo se torne uma lenda… ou uma tragédia.

A Rainha de Tearling foi um livro que encontrei como indicação da Adoro Cinema há anos atrás em uma lista de diversas histórias que poderiam repetir o sucesso de Jogos Vorazes, inclusive que já tinha uma adaptação confirmada com Emma Watson como protagonista, que nunca saiu do papel. Por anos este livro esteve na minha lista de leituras até que finalmente tomei vergonha na cara e finalmente lê-lo.

Conhecemos a história de Kelsea, uma princesa que foi criada em isolamento para que um dia pudesse reinvindicar o trono que um dia foi de sua mãe, e era legitimamente dela. Porém, seu tio que era o regente, não queria perder o poder para a sobrinha, motivo pelo qual ela viveu tão aquém de seu reino, para evitar que fosse assassinada.

Quando ela atinge a maioridade, é levada para Tearling e precisa lidar com a ameaça à sua vida imposta pelo tio e a sanguinária Rainha Vermelha, líder do reino vizinho, além de descobrir mais sobre as regras do reino e passado de sua mãe.

Embora a história não tenha uma premissa muito original, tinha potencial que infelizmente foi meio desperdiçado em uma narrativa desinteressante e falta de exploração do universo em que tudo acontece.

Ao contrário da maioria das histórias fantásticas que conhecemos, em que parecem se passar em uma época anterior a nossa, A Rainha de Tearling se passa em um futuro onde praticamente toda a ciência e tecnologia foram perdidas e a sociedade voltou a ser dividida em reinos e monarquias, e como o mundo chegou a esse ponto não é abordado em nenhum momento.

Além disso, achei irritante como a Kelsea era impedida de saber informações que seriam cruciais para ela, como que colocam uma pessoa no trono que não sabe nada sobre seu reino e sobre o governo da rainha anterior? Não é só uma decisão sem sentido, como distancia o leitor de se envolver com a história, pois as informações sobre o contexto geral são fundamentais para melhorar a imersão do livro, o que não aconteceu aqui.

Li esse livro na versão física, e a diagramação não ajudou muito, são muitas linhas por página e os capítulos são grandes, o que dá a sensação que você evoluiu a leitura quando na verdade não chegou nem nos 50% ainda.

A forma como a história é contada também é muito arrastada, o que torna a leitura difícil e cansativa, tiveram diversos momentos em que pensei em abandonar esta história e partir para a outra, pois nenhum acontecimento tinha emoção e não me fazia me interessar em continuar.

Os personagens não são memoráveis, por mais que a Kelsea seja imponente e valente, só essas características não a destacam tanto, além dos outros personagens também terem um potencial muito bacana mas serem facilmente esquecíveis.

No geral, achei A Rainha de Tearling um livro maçante que conta uma história rasa e desinteressante, infelizmente me decepcionei e fiquei com um gostinho de “poderia ter sido melhor”.

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