O Doador de Memórias | Lois Lowry – Resenha

Download-O-Doador-de-Memorias-Quarteto-O-Doador-Vol-01-Lois-Lowry-em-ePUB-mobi-e-PDFUm livro publicado há muito tempo que recentemente recebeu uma adaptação. Ele me lembrou bastante a Alegoria de Platão, em que Jonas, sai de sua caverna e descobre o mundo real que quase todos desconhecem.

Sinopse

Em O doador de memórias, a premiada autora Lois Lowry constrói um mundo aparentemente ideal onde não existem dor, desigualdade, guerra nem qualquer tipo de conflito. Por outro lado, também não há amor, desejo ou alegria genuína. Os habitantes de uma pequena comunidade, satisfeitos com a vida ordenada, pacata e estável que levam, conhecem apenas o presente o passado e todas as lembranças do antigo mundo lhes foram apagados da mente. Um único indivíduo é encarregado de ser o guardião dessas memórias, com o objetivo de proteger o povo do sofrimento e, ao mesmo tempo, ter a sabedoria necessária para orientar os dirigentes da sociedade em momentos difíceis. Aos 12 anos, idade em que toda criança é designada à profissão que irá seguir, Jonas recebe a honra de se tornar o próximo guardião. Ele é avisado de que precisará passar por um treinamento difícil, que exigirá coragem, disciplina e muita força, mas não faz ideia de que seu mundo nunca mais será o mesmo. Orientado pelo velho Doador, Jonas descobre pouco a pouco o universo extraordinário que lhe fora roubado. Como uma névoa que vai se dissipando, a terrível realidade por trás daquela utopia começa a se revelar.

Numa sociedade super organizada, em que não existe dor, sentimentos fortes, divórcio, doenças e crimes, vive Jonas, que estava prestes a passar pela cerimônia dos Doze, que é a passagem de criança à maturidade, em que são incumbidos novos trabalhos a cada um, e esses trabalhos são escolhidos pelos Anciãos, que escolhem de acordo com as observações que fizeram no decorrer da vida da pessoa.

Jonas foi escolhido para ser Recebedor de Memórias, e, a partir disso, vai descobrindo como eram as coisas gerações atrás, ou seja, o mundo em que vivemos, e começa a enxergar o mundo de outra maneira.

Nenhuma das pessoas sabiam como era o mundo séculos antes delas, a função de Recebedor de Memórias existia justamente para se basear nas memórias a fim de obter conhecimento para decidir entre questões que os Anciãos não haviam lidado. Nosso protagonista foi percebendo que a sociedade em que vivia era alienada, e que não podia ficar parado enquanto todas aquelas pessoas não tinham conhecimento das culturas, músicas, guerras, animais. E o final não posso falar porque é spoiler :/

Como eu disse acima, essa história me lembrou da Alegoria de Platão, cuja história é sobre três homens que estavam aprisionados numa caverna que tinha uma fogueira, passavam pessoas atrás deles, mas eles só viam as sombras das pessoas que eram reproduzidas pela fogueira na parede, e acreditavam que essas sombras eram reais. Até que um dia, um dos prisioneiros foi solto da caverna e viu o mundo como ele realmente era, e quando contou aos outros prisioneiros, eles não acreditaram.

Jonas saiu da caverna daquela sociedade preta e branca e conheceu a sociedade real: as culturas, os sentimentos intensos, assim como as guerras. Acredito que o livro e o filme queiram passar a mesma mensagem de Platão, a formar uma ideia depois de analisar todo o contexto de mundo.

“Uma vida questionada não merece ser vivida” (Platão)