Ruptura: uma distopia no ambiente de trabalho | Série – Resenha

Hoje vim falar sobre uma série que assisti por indicação de um amigo e valeu muito a pena! Ruptura é uma série da AppleTV+ dirigida por Ben Stiller (Uma noite no museu) com uma temática diferente das séries que estamos acostumados a ver.

Nesta realidade existe uma empresa chamada Lumon, em que para trabalhar lá os funcionários precisam realizar o processo de ruptura, onde é inserido um chip em seu cérebro que cria um alter ego que só existe no trabalho, como assim? É como se você vivesse apenas fora do trabalho, e quando fosse trabalhar uma outra personalidade sua assumisse o seu corpo, com experiências e memórias completamente separadas.

A desculpa que a empresa dá para fazer a ruptura é a confidencialidade de suas operações internas, mas vemos que o trabalho dentro da Lumon são atividades que não fazem sentido e seus funcionários nem sabem para quê são feitas, além dos departamentos não se comunicarem entre si. O próprio processo de ruptura também gera alguns questionamentos ao telespectador, como: Será que o interno (personalidade do trabalho) é totalmente diferente do externo? Como será que os internos conseguem viver se sua existência é só trabalhar? E outras perguntas que surgem conforme vemos o desenrolar de acontecimentos.

Sobre o enredo da série, conhecemos o Mark, que se submete à esta empresa para lidar com a morte de sua esposa, acompanhamos suas duas personalidades e a estraheza desta empresa que possui rigorosas regras e um estilo diferente de trabalho.

Também conhecemos a Helly, uma nova funcionária que desde o começo odeia a Lumon e faz de tudo para se demitir e não consegue, ela se torna o impulso para Mark e seus colegas finalmente questionarem mais o sistema o qual fazem parte.

Na maior parte dos episódios conhecemos como a empresa funciona e certos tratamentos opressivos que aos poucos vão virando uma bola de neve, desencadeando principalmente nos dois episódios finais, cujo o último é o melhor e mais emocionante. Não tem como não se envolver com a história e acabar chocado com as revalações e o final, odiei a Copel e o Milchick como odiei Joffrey e Ramsay de Game of Thrones e me apeguei ao Mark e Helly.

Não ouço muitas pessoas falarem de Ruptura e muito menos de produções da AppleTV+, então friso que essa série é boa demais! Elogiada pela Isabela Boscov e os meninos do Pipocando como uma das melhores séries de 2022, esta produção é aquela típica joia rara que poucos conhece, mas o que tiveram o privilégio de conhecer não se arrependem e tem certeza que vale a pena.

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