Os Noivos do Inverno | Christelle Dabos – Resenha #1

Os Noivos do Inverno é o primeiro livro da tetralogia A Passa-Espelhos, que foi fortemente recomendada por algumas pessoas (e com muito fervor!), é considerada por muitos uma fantasia diferentona por ter alguns elementos que não encontramos na maioria das histórias do mesmo gênero que estamos acostumados. Quer saber o que achei do livro? Continue a leitura desse post!

Sinopse

Honesta e cabeça-dura, Ophélie não se importa com as aparências. Mas, por baixo de seus óculos de aros largos e cachecol desgastado, a garota esconde poderes únicos: ela pode ler o passado dos objetos e atravessar espelhos. A vida tranquila que leva em Anima se transforma quando Ophélie é prometida em casamento à Thorn, herdeiro de um distante e poderoso clã.

Agora, ela terá que deixar para trás tudo o que conhece e seguir seu noivo até Cidade Celeste, a capital flutuante de uma gelada arca conhecida como Polo. Ali, o perigo espreita em cada esquina, e não se pode confiar em ninguém. Sem se dar conta, Ophélie torna-se um peão em um jogo político mortal, capaz de mudar tudo para sempre.

Aqui somos introduzidos a um universo em que a Terra sofreu um rasgo por Deus, e todas as regiões (chamada de arcas) são pedaços de terra flutuantes. Cada arca possui seu espírito familiar, que é um ser divino responsável por tomar certas decisões importantes. Ophélie é uma moça reservada e desastrada que precisa se casar, ao contrário de sua irmã Ophélie não é vaidosa e não tem a ambição de estar ligada a alguém por matrimônio, o que ela realmente se importa é em cuidar do museu e usar suas habilidades de leitora, é um poder que faz com que ao tocar qualquer objeto inanimado ele possa mostrar a moça o passado de seus usuários. Além disso a jovem também pode ir de um lugar ao outro entrando por espelhos.

A protagonista mora na arca Anima, onde todos são como uma grande família e não há maldade, mas a vida dela muda quando um casamento diplomático é arranjado para ela pelas autoridades de sua arca, e ela já não pode mais recusar como fez nas propostas anteriores, resta a Ophélie mudar-se para o Polo, local onde seu noivo mora.

Quando Ophélie vai para a Cidade Celeste descobre que a cidade é muito diferente, não deve confiar em ninguém e o perigo espreita em todos os lugares, além de nada ser o que parece. A jovem se vê no meio de um ninho de cobras tendo que aprender a conviver no meio de diversas intrigas da nobreza. Algo que me achei interessante no começo mas também me incomodou é que Ophélie é muito fleumática, ela raramente expressa muitas emoções e altera a voz, isso me irritou em certos momentos porque me identifiquei bastante com a tia Roseline, não consigo disfarçar a indignação e muitas vezes questiono situações injustas pois nesse livro tiveram várias, foi muito sofrido acompanhar. Apesar disso gostei bastante de ver o momento em que finalmente a moça fica cansada de todo o sofrimento e mentiras e resolve impor suas vontades e construir seu futuro ali, isso me deu esperança e curiosidade de ver como ela agirá no segundo livro.

Quanto ao noivo, Thorn é um pé no saco, o cara é extremamente frio e grosseiro além de demonstrar pouca empatia pelas situações que não o afetavam diretamente. Confesso que pelo que diziam achei que ele fosse um amorzinho como o Peeta de Jogos Vorazes ou que ele fosse mostrar um lado mais coração como o Rhysand de Corte de Espinhos e Rosas, mas o intendente manteve sua postura até o fim, é até entendível o impacto que ele causa nas pessoas e o desgosto que elas sentem por ele, coisa que o cara nem se preocupa em mudar.

A Berenilde foi uma personagem que achei que fosse gostar mas mesmo quando entendi as motivações de suas atitudes não me apeguei a personagem, ela é mesquinha e egocêntrica como a maioria dos personagens ricos desse livro, pra mim um dos pontos altos foi a Roseline que embora as vezes chata ela dizia e expressava sua indignação com aquelas pessoas e a situação sempre que podia, Raposa também é um cara muito carismático e um dos poucos personagens realmente leais.

Senti que o livro tinha uma forma de escrita e narrativa diferentes do que estava acostumada e no início foi meio esquisito de ler, achei que não iria gostar tanto quanto imaginei. Mas a partir do momento que Ophélie e Roseline vão para a casa de Berenilde as coisas começam a ficar interessantes e o ritmo da história vai gradualmente ficando mais emocionante, me deixando sedenta por saber quais seriam os próximos desdobramentos.

Para quem gosta de um romance na fantasia, sinto-lhe informar que isso não acontece aqui mas a história em si compensa a falta dele, eu que sempre gosto de ver um casal se apaixonando nos livros nem senti falta nessa leitura! Talvez nos próximos livros possa haver um romance mas aqui ele não é abordado.

Ano que vem pretendo ler a continuação desse livro, para entender melhor a história e ver como Ophélie vai conquistar seus objetivos e mostrar a que veio! Espero ter te convencido a ler esse livro, se sim me diga o que achou nos comentários!

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